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Sintomatologia

      A sintomatologia de uma intoxicação por estricnina começa 15-30 minutos após ingestão de estricnina, normalmente sem qualquer aviso, e o sujeito pode ter convulsões violentas. As convulsões conduzem a uma acidose lática grave que resulta, secundariamente, num colapso de vários orgãos (pulmão, coração, rim, fígado e cérebro) e, por fim, morte.

Os sintomas padrão são descritos como:

          • Apreensão

          • Inquietação

          • Acuidade elevada de audição, visão e sentimentos

          • Hiper-reflexia

          • Movimentos bruscos 

          • Rigidez muscular do rosto e das pernas.

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      As convulsões generalizadas duram de 30 segundos a cerca de 2 minutos. Nos 10-20 minutos após a exposição, os músculos do corpo começam a ter espasmos, que iniciam na cabeça e no pescoço. O corpo normalmente encontra-se arqueado em hiperextensão, as pernas ficam estendidas, os braços dobram-se sobre o peito, e os punhos cerram (posição opistótona). A mandíbula é rigidamente fechada, o rosto é bloqueado na posição do sorriso e os olhos fixam  (Risus sardonicus). As convulsões progridem, aumentando em intensidade e frequência. A morte vem por asfixia, causada pela paralisia das vias neuronais que controlam a respiração ou pela exaustão das convulsões. O sujeito geralmente morre dentro de 2-3 horas após a exposição. No momento da morte, o corpo "congela" imediatamente, mesmo no meio de uma convulsão, resultando em rigor mortis instantâneo. O paciente nunca perde a consciência.

       Outros efeitos clínicos incluem hipertermia resultante da atividade muscular prolongada, assim como instabilidade hemodinâmica.

     

 

      Caso o indivíduo sobreviva ao envenenamento por estricnina, os efeitos a longo prazo na sua saúde são pouco frequentes. No entanto, devido à exposição, podem resultar danos cerebrais, devido ao baixo teor de oxigénio, ou ainda insuficiência renal. As pessoas severamente afetadas pelo envenenamento por estricnina geralmente não sobrevivem.

 

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Referências:

[1] Gupta, R.C. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents. 2ª edição. Elsevier, 19 de Fevereiro de 2015. p. 215.

[2] http://www.cdc.gov/, acedido em 9 de maio de 2016

 

Posição Opistótona

Risus sardonicus

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