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Utilização da Estricnina

         Hoje, a estricnina é usada principalmente como um pesticida, particularmente para matar ratos. Não existem justificações para a sua presença em qualquer medicamento.

          A estricnina é também encontrada em misturas com “drogas de rua”, como LSD, heroína e cocaína, embora mais raramente. Apesar de já ter sido muito utilizada em Medicina Veterinária como tónico e estimulante, atualmente apresenta um interesse terapêutico bastante limitado. A sua única relevância é do ponto de vista toxicológico, porque os animais são, por vezes, envenenados acidentalmente ou intencionalmente.            

          A estricnina, por ser antagonista competitivo dos recetores da glicina era considerado um convulsionante. Era usado como um analéptico, no tratamento da hiperglicinémia não cetónica, na apneia do sono e como veneno de ratos. Relatórios experimentais preliminares sugeriam que o tratamento com estricnina podia modificar a deterioração neurológica de algumas crianças com hiperglicinemia não cetónica, que é uma desordem metabólica rara caracterizada por concentrações anormalmente elevadas de glicina no cérebro e no fluido cerebrospinal.

 

 

           Além disso, pensa-se que a estricnina estimula a produção de saliva e a secreção gástrica. É capaz ainda de aumentar o apetite e foi usada para contrariar a perda de apetite associada a doenças. Contudo, a estricnina, sob a forma de uma preparação homeopática ainda é utilizada e em casos excepcionais também pode causar envenenamento.

Referências:

[1] Gilman, A.G., et al. (1985). "Goodman and Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics". 7ª Edição. New York: Macmillan Publishing Co., Inc., p. 584

[2] Budavari, S. (1996) "The Merck Index - An Encyclopedia of Chemicals, Drugs, and Biologicals". Whitehouse Station, NJ: Merck and Co., Inc., p. 1513

[3] Booth, N.H., et al. (1982) "Veterinary Pharmacology and Therapeutics". 5ª Edição. Ames, Iowa: Iowa State University Press, p. 352

[4] http://www.cdc.gov/, acedido em 9 de maio de 2016

[5] Gupta, R.C. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents. 2ª Edição. Elsevier, 19 de Fevereiro de 2015. 216-217.

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