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Contextualização Histórica

       A estricnina  foi o primeiro alcalóide a ser identificado em plantas do género Strychnos, família Loganiaceae. Strychnos, nomeado por Carl Linnaeus, em 1753, é um género de árvores e arbustos trepadores da ordem genciana. O género contém 196 espécies e está distribuído em todas as regiões quentes da Ásia (58 espécies), América (64 espécies) e África (75 espécies). 

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       A estricnina foi descoberta pela primeira vez pelos farmacêuticos franceses Joseph Bienaimé Caventou e Pierre Joseph Pelletier, em 1818, na Fava de Santo Inácio. Os registros históricos indicam que algumas preparações que, presumivelmente, continham estricnina eram utilizados para matar cães, gatos e aves, na Europa, em 1640. A estrutura da estricnina foi determinada pela primeira vez, em 1946, por sir Robert Robinson e, em 1954, este alcalóide foi sintetizado em laboratório por Robert B. Woodward. Ambos os  químicos ganharam o Prémio Nobel da Química (Robinson em 1947 e Woodward em 1965).

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            Os efeitos tóxicos e medicinais da estricnina já eram bem conhecidos desde os tempos da antiga China e Índia. Os habitantes destes países tinham um conhecimento ancestral acerca das espécies da Nux Vómica e da Fava de Santo Inácio. A estricnina foi registada pela primeira vez como pesticida nos Estados Unidos em 1947; No entanto, esta toxina natural tinha sido utilizada em muitos países para controlar animais vertebrados anos antes de 1947.

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Joseph Bienaimé Caventou

Pierre Joseph Pelletier

Referências:

[1] Haddad, L.M., et al. (1983). "Clinical Management of Poisoning and Drug Overdosage". Philadelphia, PA: W.B. Saunders Co., p. 732

[2] Gupta, R.C. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents. 2ª edição. Elsevier, 19 de Fevereiro de 2015. p. 215.

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