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Toxicocinética 

ABSORÇÃO:         

A estricnina é rapidamente absorvida a partir do trato gastrointestinal, da membrana das mucosas, dos locais de injeção parentérica e, também, a partir da cavidade oral. A toxicidade por inalação, também é presumivelmente alta. O tempo médio da sua absorção é de cerca de 15 minutos.

 

DISTRIBUIÇÃO: 

A estricnina é transportada pelo plasma e pelos eritrócitos, mas a ligação às proteínas é fraca e a sua distribuição para os tecidos ocorre rapidamente.

 

METABOLIZAÇÃO:

A estricnina é rapidamente metabolizada pelo sistema enzimático microssomal do fígado e requer NADPH e O2.​ O tempo médio do seu metabolismo é de aproximadamente 10 horas. A estricnina ioniza-se a pH ácido e, de seguida, é rápida e completamente absorvida no intestino delgado, sendo metabolizada no fígado por enzimas microssomais. As concentrações mais elevadas de estricnina são encontradas no sangue, fígado e rins.

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ELIMINAÇÃO:

Alguns minutos após a ingestão de estricnina, esta pode ser detetada na urina e a sua excreção por esta via é responsável por cerca de 13%. Em pessoas mortas por estricnina, as concentrações mais elevadas são encontradas no sangue, fígado e rim. A estricnina e os seus metabolitos são excretados na urina. Aproximadamente 10 a 20% da dose será excretado inalterado na urina durante as primeiras 24 horas. A percentagem excretada diminui com o aumento da dose. De a quantidade excretada pelos rins, cerca de 70% é excretado nas primeiras 6 horas, e cerca de 90% nas primeiras 24 horas. Dependendo da quantidade ingerida e do tratamento aplicado, a maior parte da dose tóxica é eliminada dentro de 24-48 horas.

      

        

 

          A dose letal média de estricnina descrita em seres humanos varia entre 5 a 120 mg/Kg. Os indivíduos expostos a doses elevadas de estricnina podem sofrer de falência respiratória, pode ocorrer morte ou morte cerebral, nos primeiros 15-30 minutos da exposição. Não são observadas lesões post-mortem, à exceção de pequenas hemorragias nos pulmões resultantes da morte por asfixia. O rigor mortis pode persistir durante dias. A estricnina é menos tóxica para os humanos do que nos animais. Caso a pessoa sobreviva aos efeitos tóxicos do envenenamento por estricnina, os efeitos a longo prazo são pouco frequentes.

        A avaliação de risco para a saúde humana baseia-se na toxicidade aguda da estricnina. Tem sido relatado que a dose letal oral provável é de 1,5-2 mg/kg. A toxicidade por inalação também se presume ser alta. Uma dose oral é de 1,5-2 mg/kg, que é equivalente a 70-93 mg/m3, em 30 minutos para um humano de 70 kg.

          A estricnina foi colocada na Categoria I de toxicidade, que indica um elevado grau de toxicidade aguda, para efeitos orais e oculares.

     

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Referências:

[1] Gupta, R.C. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents. 2ª edição. Elsevier, 19 de Fevereiro de 2015. 216-217.

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